História
Nos
primeiros trabalhos, de caris científico, realizados no Arquipélago de
Bolama-bijagós, mostraram sem sombra de dúvidas que tanto de ponto de vista
oceanográfico como biológico, ou então, de ponto de vista cultural, o seu valor
excepcional é sobre maneira importante. Foi assim que o CECI nos estudos
realizados e que no exercício que se seguiu da planificação costeira lançada
pela UICN nos anos 90 atribuiram um lugar de destaque às ilhas do Arquipélago
de Bolama-Bijagós. E para capitalizar os conhecimentos adquiridos ao longo
desse período criou-se a Casa de Ambiente e Cultura, construída em Bubaque e
que passou a ser a sede da Reserva da Biosfera do Arquipélago de Bolama-Bijagós,
que serviu, no geral deste tempo, de centro de dinamização e organização de
processos mais amplos, compreendendo os inquéritos e consultas para melhor
compreender o funcionamento socioeconómico e ecológico desta parte insular da
Guiné-Bissau. Todo esse trabalho havia confirmado a importância e a
especificidade do sítio e que permitiu a sua classificação pela UNESCO em 1996
como reserva da biosfera. Por ser verdade, toda essa explicação baseada em
estudos e inquéritos realizados, o sistema de zoneamento tem respeitado a
organização tradicional do território bijagó e inclusive, onde as dimensões
culturais e naturais se casam perfeitamente na política levada a cabo pela Casa
do Ambiente Cultura.
A
Reserva da Biosfera do Arquipélago de Bolama-Bijagós conta actualmente com três
zonais centrais conhecidas como áreas marinhas protegidas que são: Parque
Nacional de Grupo de Ilhas de Orango, Parque Nacional Marinho de João Vieira e
Poilão, e Área Marinha Comunitária das Ilhas Urok. Neste quadro legal das áreas
marinha protegidas criaram-se mecanismos de concertação e de negociação com as
comunidades residentes para permitir que sejam capitalizadas as boas práticas
tradicionais de uso dos recursos e do território. Ao par dessas regras, os
mecanismos de fiscalização participativa foram postos em acção.
Importantes
levantamentos científicos foram realizados no geral desse tempo. Entre eles
apontam-se estudos socioeconómicos e históricos, inventários de fauna e da
flora. Tudo isso permitiu a criação de um sistema de informação geográfico e de
uma carta de ocupação do solo de 50 000°. Os estudos ornitológicos, e
estudos biológicos sobre tartarugas marinhas, sobre moluscos, sobre
hipopótamos, levantamentos sobre stoks de peixe nas águas do arquipélago,
estudos da dinâmica da costa, revestem de grande importância para o
desenvolvimento das actividades de conservação na Reserva de Biosfera do
Arquipélago de Bolama-Bijagós.
Foram
realizadas várias acções de desenvolvimento comunitário dentro do perímetro de
cada uma das áreas protegidas, com intuito de atrair o interesse das populações
residentes para as iniciativas de conservação a levar a cabo nos respectivos
territórios, mostrando-lhes que, com os objectivos da conservação, pretende-se
também e em simultaneamente, atenuar as adversidades económicas que as
populações locais enfrentam. As acções no sector do transporte e comunicação,
da educação, da saúde, do turismo, e na sua forma geral, ao nível da exploração
dos recursos naturais foram lançadas de forma irregular em diferentes áreas
marinhas protegidas.
Revelaram-se
determinantes os apoios sem reserva de algumas personalidades do mundo da política,
cultura, e ciência, de algumas ONGs ambientalistas, de simples amigos e
parceiros do mundo financeiro no acompanhamento das actividades realizadas,
mesmo quando, a situação politica não se apresenta favorável. Neste nosso mundo
em constante mudança turbulenta, o Instituto de Biodiversidade e das Áreas
Protegidas tem crescido e o impacto das suas intervenções, graças a vários
suportes internacionais entre os quais o do GEF-Banco Mundial e GEF-PNUD,
Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento, a
Fundação MAVA para a Natureza, a Fundação Internacional do Banc d’Argain
conhecida genericamente com a denominação de FIBA, uma estratégia nacional para
as áreas protegidas e para a diversidade biológica foi elaborada em 2007-2011.
Assim,
foi criado um fundo fiduciário, denominado Fundação Bioguiné, já posto em
marcha. Considerando que, se a existência desta coligação do IBAP e parceiros
existente continuar, a ser importante para a conservação da Reserva da Biosfera
de Bolama-Bijagós, é pertinente garantir a segurança futura dos esforços feitos
até hoje e de os dar uma dimensão correspondente ao valor universal do
arquipélago.
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